Fernanda V. Zacarelli |
Auspiciosa Flor
Ai de ti! cravo...
Do vento que sopra os teu calcanhares;
Turvo meu coração a ti,
para os açoites da noite.
Reparas a tua nudez,
e abrasa outrem de ti;
Quem sentiu o teu espinho?
Jugo certeiro da concupiscência.
A gula da tua cólera,
franzina fêmea;
Na tua teia caí quase morto,
por muito pouco me atrevi.
Absolutos prazeres em ti conheci,
cravo imaculado e raro;
Tuas belezas estão escondidas nas dores,
dos teus amantes que sofrem por ti.
Ai de ti! auspiciosa Flor...
Que desarraigastes das tuas pragas;
Não te conhecerão na tua morte,
do sangue que vaza do caule das tuas mágoas.
Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, Agosto de 2013 no dia 30
Fernanda Villarim |
Nenhum comentário:
Postar um comentário