A Tribo dos Remanescentes
Dispersaram-se os corvos da imunda carnificina
Atiçaram os coiotes predadores, dentre o sangue das feridas
Abutres disputavam os restos mutilados
Dos flagelos que tornastes tua tribo
Vós, os remanescentes da grande tribulação
Sereis devorados em um só golpe
Teu exército sucumbirá como o pó do deserto
Qual sobe feito redemoinho a soprar em teus ouvidos
O estridente ruído da indignação
Estarei adjunto a infantaria pesada
Subiremos montanhas à caça da vossa carcaça
Devastaremos as vossas esperanças
Aniquilaremos as vossas rosas
O vosso jardim tornar-se-á um seol de pétalas despedaçadas
Cantaremos um cântico fúnebre em memória da vossa derrota
Na terra do esquecimento, as tuas lápides estarão em negrito
Todo olho que ver, lembrar-se-á da desonra da tua tribo
Fecharemos a boca dos grandes lobos
Arrancaremos as vossas mandíbulas
Todos os teus pensamentos tornar-se-ão ruínas
Então escolheremos outros povos
Formaremos uma tribo leal aos nossos conceitos
Toda ideologia fútil escarnecida
Jaz em um ataúde consumido pelo tempo
Seremos a tribo dos cavaleiros indulgentes
A vós antepassados desobedientes
Sereis lembrados na vergonha
Pela tribo dos remanescentes.
Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, 24 de Janeiro de 2014
Seremos a tribo dos cavaleiros indulgentes... |
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