A Culpa do Silêncio
Balbucio ao vento nômades pensamentos
Que pairam na gorja em completo esquecimento
Sucumbem às verbetes, se perdem aos ventos...
Meu amor anuncia certo arrependimento;
Palavras são vãs quando o que sente é saudade
Calo-me a dor que, portanto queres vaidade...
Por certo o sofrimento não requer ao tempo a idade
Sou moço novo a beira da veracidade;
Um silente bocejar por si só não me salva
Entrelaçadas pelos ares em falsa ressalva
Uma a uma como plumas ao meu colo repousam;
Murmúrios inquietos surgem como arauto
Suaves ordinários me tomam por assalto
Inumados em teus seios em perdidos acalentos.
“Soneto”
Marcelo Henrique Zacarelli
Village, Setembro de 2012 no dia 20
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Palavras são vãs quando o que sente é saudade
Calo-me a dor que, portanto queres vaidade...
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