22 novembro 2013

Máquina Desgovernada - Poema de Marcelo H. Zacarelli


Máquina Desgovernada

Tenho pretensão de descobrir as intenções
Que são geradas pela minha consciência
Malévolas criadas por um distúrbio sem razão
Eu busco encontrar uma resposta
De perguntas absurdas
O reflexo desta minha conduta
Esconde-se por trás de uma aparência duvidosa
No fundo vão dar num drástico acontecimento
Um ato reprovado de explosão.

Quando eu me descobrir por dentro
Não mais saberei frear a máquina que sou
Vou invadir a privacidade adentro
Liberar a ferrugem no meu sangue
Estancar a frieza em meu pulso
Rebentar a veia desta dor que me consola.

A máquina que sou
Pela ciência desenganada
Não tem mais sentimento nem coração
Corre apressada contra o tempo sem direção
É manipulada pelo controle impulsivo do meu ódio
Máquina soberba desgovernada que sou.


Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Janeiro de 2003 no dia 06

No fundo vão dar num drástico acontecimento
Um ato reprovado de explosão...


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