As Rochas não Falam
A Solidão, esta; Que habita no meu coração
Praia deserta de rochas silenciosas
Contam um segredo só meu
Falo aos passarinhos, estes zombam de mim
Em perfeita sinfonia caçoam de este meu sofrer
Desabafo então com as pedras
Estas não podem opinar a meu respeito
Por que as desgraçadas não podem me ouvir?
Vejo ao longe o mar abraçar as rochas
Estas oferecem-lhe a face
Para que o sal palpe-lhes o queixo...
Tenho lágrimas que o sal do mar
Não as podem enfrentar
Acendo uma fogueira na areia
Esta me faz lembrar o teu calor
Tomo um vinho seco
E fico a namorar a lua até o cair da madrugada
Quando o sol despenca no travesseiro
Imaginário do meu leito,
Levanto e preparo uma jangada
Ponho-me a desbravar os oceanos...
Em terra firme queixo-me às pedras
Estas ficam a admirar o meu sofrer
Parecem murmurar aos meus ouvidos
Mais dia menos dia, tudo parece mudar
As areias, os mares, eu e a solidão...
As rochas continuam mudas
Quanto as minhas queixas
Estas são todo ouvido.
Praia deserta de rochas silenciosas
Contam um segredo só meu
Falo aos passarinhos, estes zombam de mim
Em perfeita sinfonia caçoam de este meu sofrer
Desabafo então com as pedras
Estas não podem opinar a meu respeito
Por que as desgraçadas não podem me ouvir?
Vejo ao longe o mar abraçar as rochas
Estas oferecem-lhe a face
Para que o sal palpe-lhes o queixo...
Tenho lágrimas que o sal do mar
Não as podem enfrentar
Acendo uma fogueira na areia
Esta me faz lembrar o teu calor
Tomo um vinho seco
E fico a namorar a lua até o cair da madrugada
Quando o sol despenca no travesseiro
Imaginário do meu leito,
Levanto e preparo uma jangada
Ponho-me a desbravar os oceanos...
Em terra firme queixo-me às pedras
Estas ficam a admirar o meu sofrer
Parecem murmurar aos meus ouvidos
Mais dia menos dia, tudo parece mudar
As areias, os mares, eu e a solidão...
As rochas continuam mudas
Quanto as minhas queixas
Estas são todo ouvido.
Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, 15 de Janeiro de 2014
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Levanto e preparo uma jangada
Ponho-me a desbravar os oceanos...
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