Quiçá
Todo poema morreu
Todas as flores feneceram
Quiçá, o meu coração...
Súbito prelúdio que me acometeu
Se o que tenho é meu
Não dou a ninguém
Dentro de um ataúde eu escondo
Da carne ao pó,
Da alma a subtração...
A sínica solene da minha despedida
Não reclamo aos mortos
As estrofes perdidas...
Em cada lápide uma história
Onde começa, como termina
Tudo tem um fim
A morte, a vida, a poesia...
Mesmo que a morte
Me esqueça por uma vida
Viverei intensamente para você
Todos os meus fatídicos dias
Meu amor; por mais que não me queiras
Não podereis dizer
Quiçá, o meu coração.
Marcelo Henrique Zacarelli
São Paulo, 08 de Janeiro de 2015
(Bairro Pinheiros)
 |
Em cada lápide uma história
Onde começa, como termina...
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário