15 janeiro 2016

Soneto 116 - William Shakespeare


Soneto 116

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera
Ou se vacila ao mínimo temor

Amor é um marco eterno, dominante
Que encara a tempestade com bravura
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade
Amor não se transforma de hora em hora

Antes se afirma para a eternidade
Se isso é falso, e que é falso alguém provou
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

(William Shakespeare)

O poeta e dramaturgo William Shakespeare

Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro chamada Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Acredita-se que ele tenha retornado a Stratford em torno de 1613, morrendo três anos depois. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física, sexualidade, crenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas teriam sido escritas por outros autores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário