A Perpetuidade de uma Lágrima
Compadecida dos olhos
Salta de entre as rugas
Do envelhecido rosto
Gritando em silêncio
Um som de angustia
Do fundo do peito
Do coração extraída
Repousa escorrida
Quem a vê se conturba
E outras virão constantemente
Por cada lágrima
Um sonho, e uma saudade
Um por quê, e:
Por onde morrerão?
Nos lábios que se calam
Serão o fim das lamúrias?
Secarão com o vento?
Retornarão de onde vieram?
Quantas perguntas sem resposta
Por serem furtadas
De um sofrimento todo meu
Eu bem sei que as lágrimas passam
Despercebidas ou não
Silenciosas ou gritantes
Sobres as rugas qual se multiplicam
Não podem reconstruí-las
Ao expressar-se na dor
Passam quase que por despercebidas
Não haverá outras lágrimas
De sorte que a solidão me deixou
Porém a saudade promete
Jurou acompanhar-me
Na vida ou na morte;
Estou perpetuado a te sentir.
Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, 15 de Dezembro de 2003
Ao expressar-se na dor
Passam quase que por despercebidas...
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